Modelos – Gurgel BR-800 – Protótipos

BR-800 Furgão

Uma das empresas que comprou foi a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que usava veículos normais e uma grande frota de motocicletas, através de seu Departamento de Engenharia, solicitou Gurgel Motores S.A. duas unidades do BR-800 para testes e futura padronização da sua frota. Os dois BR-800 foram projetados com um compartimento de carga (especial para transporte de cartas, malotes e pequenas encomendas) na parte traseira, conservando o lugar para dois ocupantes na parte dianteira. Pintados na cor amarelo ouro, padrão dos Correios e Telégrafos, indentificados com o logotipo azul, os veículos foram entregues em Brasília em uma solenidade com a presença de representantes da empresa estatal e da Gurgel Motores.
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BR-800 Picape

Fotos: revista 4 Rodas, outubro 1988.


BR-800 Conversível

Foto: revista 4 Rodas, outubro 1988.

BR-Van e BR-Táxi (Supermini-Van)

Há uma pequena confusão com relação a este modelo. Na verdade, são dois utilitários distintos, de acordo com as patentes abaixo. Um “Veículo utilitário”, que passaremos a chamar de “BR-Van”, e outro “Veículo para lotação”, que chamaremos de “BR-Taxi”. O carro ainda pode ser chamado de Supermini Van, nome gravado na carroceria antes do fechamento da fábrica.

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Fonte: Patentes MI4901326S e MU6902118U do INPI.

No documento referente ao “Veículo para lotação”, temos ainda a imagem com a distribuição interna, definindo bem a característica “Táxi” do veículo.

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Fonte: Patente MU6902118U do INPI.

Ambos aparecem na foto abaixo, numa reportagem do Jornal do Brasil de 09/12/1989. O utilitário que aparece em primeiro plano é o BR-Taxi, enquanto que o que aparece ao fundo é (ou seria) o BR-Van. Observe a posição da porta do passageiro (não há porta no lado do carona, só mais atrás) e a ausência de dobradiças neste primeiro.

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Fonte – Jornal do Brasil de 09/12/1989

O BR-Van atualmente está com o Sr. Paulo Togneri, de São Bernardo do Campo. É este que aparece em material publicitário (foto abaixo). Observe que as portas dianteiras são iguais, além da presença de dobradiças.

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Fonte: Desconhecida/Material publicitário da Gurgel

Ao contrário do que muitos pensam, ele não a descaracterizou a BR-Van, em especial na região das janelas traseiras. Esta foto abaixo vem do acervo pessoal de Nuno Cadete e mostra a BR-Van já pintado de azul, após ser adquirido em um dos leilões da massa falida.

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Fonte: 24/08/2003 – Acervo de Nuno Cadete

Abaixo temos duas fotos mais atuais do BR-Van. Inicialmente o Sr. Paulo Togneri havia pintado de cinza, mas como ele era confundido como carro de polícia, resolveu pintar de vermelho. Como era um protótipo e não havia muita informação a respeito da BR-Van, o trabalho de restauração foi grande, tendo sido realizado um excelente trabalho de preservação.

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Fotos: Internet/Enviadas por Maximillian Luppe

O BR-Taxi apareceu na Transpo-89 e é o da foto abaixo. Observe a ausência de dobradiças e a falta de simetria entre as portas da frente. Ele não tem dobradiças, pois na verdade, não é um carro, mas sim um conceito. É apenas uma casca montada sobre um chassi de BR800.

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Fonte: Revista Quatro Rodas de xxx de 1989, pág. xx.

Abaixo temos uma foto do mesmo ainda na fábrica, antes de ser vendido, também com a cor azul, mas com as faixas laterais. Na própria fábrica ele passou a receber o nome de Supermini Van, em alusão à uma provável nova linha de carros da Gurgel derivados do Supermini.

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Fonte: Clube Gurgel Guerreiro.

Tive a oportunidade de vê-lo com o Ernani, antes de ser vendido. Abaixo temos uma foto dele tirada nesta época. Observe as inscrições “Supermini Van” e “PRODUTO BRASIL”. Esta última inscrição também aparece no Supermini Plus e no Supermini 1995, provavelmente em alusão à nova empresa da Gurgel, a Gurgel Brasil.

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Fonte: Acervo pessoal de Maximillian Luppe.

Abaixo temos algumas fotos do seu interior, onde podemos ver que se tratava apenas de uma casca montada sobre um chassi de BR800, ainda com spring-shock.

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Fonte: Acervo pessoal de Maximillian Luppe.

Fontes: Acervo digital da Revista Quatro Rodas, Internet.

Texto e dados levantados com a colaboração de: Moa de Santos/SP, Maximillian Luppe, Francisco Branco.