Itaipú E-150
1974 - 1975

        O nome foi uma homenagem a usina hidroelétrica na fronteira do Brasil com o Paraguai. O lançamento foi no Salão do Automóvel de 1974. A primeira referência que temos dele é na Revista Quatro Rodas nº168 de Julho de 1974: "Do modelo de madeira em que andamos será feito o molde para a fabricação das carrocerias de fibra de vidro, conversíveis ou não, com lugar para duas pessoas, mas com muito conforto. O projeto da capota já está pronto."


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Foto: protótipo do Itaipú E-150 em madeira / Fonte: desconhecida - Facebook, grupo Gurgel Motores


        A tomada de recarga foi colocada entre os faróis. Tem carroceria monovolume em forma de trapézio, de fibra de vidro, 2 portas, 2 lugares mais um espaço de um metro atrás dos bancos para bagagem. Painel com um velocímetro no meio, ladeado por um voltímetro e um amperímetro. Pára-choques de borracha e faróis de iodo.


        O controle de velocidade se faz alterando a corrente elétrica de 2 a 120 volts. O protótipo chegava a 30 KM/hora, e quando foi lançado em série (já nos modelos E-400 e E-500) atingia até 60 km/hora com autonomia de 60 a 80 km. Para recarregar levava até 10 horas (baterias totalmente descarregadas).


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Foto: protótipo do Itaipú E-150 já com teto / Fonte: desconhecida - Facebook, grupo Gurgel Motores


        Na primeria fase, usava volante esportivo de três raios. As baterias estavam dispostas: 3 na frente, 2 atrás dos bancos e 5 na traseira. Na 2ª fase (vermelho, foto mais abaixo), passou a usar o volante o BR-800. Nesta fase são 13 baterias: 10 atrás dos bancos, 2 sob o assoalho e uma na frente.


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Foto: revista 4 rodas de dezembro de 1974


        Não se tem notícias da existência de mais de um protótipo, aparentemente o modelo em madeira virou de fibra com teto, primeiro com pintura branca, depois reformado e melhorado passou a adotar a pintura em vermelho, cor que se encontra hoje. Atualmente é propriedade do empresário Alexandre Brum, de Limeira/SP, que o adquiriu em um leilão da massa falida da Gurgel Motores


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Foto: revista 4 Rodas de janeiro de 1975 

  

        Comprimento: 2,65 metros, largura: 1,40 metros, altura: 1,45 metros, distância entre eixos: 1,65 metros, e peso de 780 kg, sendo que 320 kg são das 10 baterias ligadas em série. Motor central, longitudinal entre eixos, elétrico de 3.000 watts, 120 volts e 4,2 cv, com enrolamento de campo em série e paralelo. Transmissão: caixa de engrenagens de 1 velocidade. Suspensão - Dianteira: independente, tipo McPherson, molas helicoidais e amortecedores. Traseira: barras de torção e amortecedores. Freios a tambor com acionamento hidráulico. Direção: pinhão e cremalheira. Rodas de magnésio aro 13 tala 6 com pneus 165.    


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   Foto: revista 4 Rodas de abril de 2007




Editado por: Francisco Branco.
Colaborações de: site Cachalote, Maximilian Luppe, com alguns dados e fotos do Acervo digital da Revista Quatro Rodas e da Internet, vídeos do Youtube.




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